A Polícia Federal (PF) concluiu, nessa quarta-feira, 22, as investigações sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras, e afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não encontrou provas de que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) recebeu propina. Ao informar o fim das apurações do inquérito aberto em desdobramento da operação Lava Jato, a delegada Lorena Nascimento disse que as investigações não conseguiram reunir provas que confirmassem delações premiadas que apontavam as vantagens indevidas.
“Após analisadas as provas materiais e ouvidos os supostos envolvidos, não se observou a existência de elementos que pudessem corroborar a hipótese criminal objeto da presente investigação. Os colaboradores ouvidos apresentaram versões, em parte, concordantes com os fatos, mas não foram aptas a trazerem aos autos ou a produzirem a partir delas, elementos de prova capazes de corroborá-las”, escreveu a delegada. O inquérito investigou crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
As investigações partiram das delações de Sergio Machado (ex-presidente da Transpetro), Paulo Roberto Costa (ex-Petrobras), Luiz Fernando Maramaldo e Felipe Parente. “O rastreamento do caminho do dinheiro em espécie pereceu no tempo, tanto em razão do longo lapso temporal, como em razão de não se vislumbrar um liame direto de que os valores entregues supostamente por Wilson Quintella Filho, ou por terceiros designados sob as orientações de Sergio Machado, tinham como destinatário final o parlamentar investigado”, afirmou a PF.
Depois de receber o material, o ministro do STF Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato, deve pedir que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o caso.
Informação do G1 Política
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